Metaverso e saúde: o que se pode esperar

Metaverso na saúde
O metaverso está mais perto do que imaginamos. O que parecia distante foi desvendado pela internet e agora, mais ainda, pela internet 2.0. Muito se aprendeu sobre internet na era Covid-19. Isolados em casa, a única maneira de continuar vivendo era se adaptar às vídeo chamadas e atividades remotas. Como já dito anteriormente no blog, a nova realidade consiste em um ambiente virtual que permite a criação de avatares, obras de artes, shows e até aspectos da vida comum, como trabalhar e pagar contas. Essas possibilidades só são viáveis pela combinação de Realidade Virtual, Realidade Aumentada, NFTs, blockchains e cryptomoedas.

O que já existe?

Um exemplo interessante é o que acontece no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu em SP. O Projeto Treina Dragão utiliza óculos de Realidade Aumentada para tranquilizar crianças antes dos procedimentos. No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a RA é usada para abrir hologramas, comandados por vozes e sensores, de exames dentro da sala de cirurgia. Fisioterapia para pessoas com Parkinson e tratamentos para fobias também têm buscado a alternativa do metaverso.
metaverso na saúde
Metaverso na saúde by rawpixel.com – www.freepik.com

Quais são as promessas na saúde?

Alguns especialistas estão otimistas com o tanto que esta nova realidade pode interferir no que se conhece hoje de várias áreas. Na saúde, as expectativas são positivas:
  • Saúde Mental: como já dito, já existem tratamentos para saúde mental que utilizam aspectos variados da realidade virtual. A tendência é ter mais tratamentos com o propósito de amenizar e/ou curar transtornos mentais.
  • Telemedicina: este tipo de atendimento ficou mais conhecido durante a Pandemia da Covid-19 mas, as consultas online previstas pelo metaverso consistem em coleta de sinais vitais pela internet e até óculos que facilitam o diagnósticos e diminuem o tempo clínico.
  • Intervenções Cirúrgicas: sem dúvidas, uma das maiores expectativas é o que será capaz de acontecer durante uma cirurgia. Avatares, hologramas e até óculos que conseguem ver com precisão todo o sistema cardiovascular.
  • Treinamentos: são inúmeras possibilidades da utilização das novas realidades em treinamentos de faculdades, cursos e especializações como, reuniões com avatares e pulseiras rastreadoras. As expectativas são altas pois o aprendizado pode ser mais detalhado e próximo da realidade.

Quais são os contras?

Ainda que as possibilidades pareçam ser positivas, existem algumas questões que não devem ser ignoradas. A Mit Technology Review, por sua vez, questiona se a imersão ao metaverso pode ser saudável a longo prazo – considerando o impacto que as redes sociais já causam na saúde mental de seus usuários. Segundo uma pesquisa feita no Reino Unido pelo Royal Society for Public Health, as taxas de ansiedade e depressão cresceram cerca de 70% em jovens entre 14 a 24 anos, nos últimos 25 anos. Grande parte dos entrevistados associaram os transtornos mentais a algumas plataformas de redes sociais como Instagram, Twitter, Youtube e SnapChat. Ainda segundo o relatório, cerca de 70% destes jovens já se sentiram mal e inseguros por conta de suas aparências dentro dos aplicativos. Partindo do pressuposto que, no metaverso, será possível ser como sempre se quis e fazer tudo que não é possível na vida real, essa realidade se torna preocupante. Por isso, por mais que seja incrível pensar em tudo que vai poder ser feito na era Metaverso, também é preciso lembrar qual é a nossa realidade – independente das possibilidades.
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