Transplante facial: possibilidade que transforma vidas

Em 2005, foi feito o primeiro transplante parcial de face – procedimento que revolucionou as cirurgias de reconstrução. Isabelle Dinoire teve seu rosto acidentalmente arrancado pela sua cadela e, em uma tentativa arriscada, os médicos optaram por tentar realizar o transplante de face.

Durante muitos anos, pessoas que sofreram severos traumas no rosto passavam por reconstruções com tecidos de outras partes do corpo. Na Primeira Guerra Mundial, por exemplo, o dr. Harold Gillies realizou mais de 10 mil casos de reconstrução facial com enxerto de pele. Ainda que a reconstrução melhorasse a situação de pessoas em estado grave, estas dificilmente retomavam a qualidade de vida que tinham antes do acidente. Foi a partir do avanço da tecnologia e com a busca por melhores soluções que foi possibilitado o transplante não só do rosto mas, da vida do paciente.

Transplante Facial: Isabelle Dinoire. Fonte: Google Images
Transplante Facial: Isabelle Dinoire. Fonte: Google Images

Apesar de ser uma possibilidade positiva, ainda não se tem certeza do quão arriscada essa cirurgia pode ser – uma vez que ainda é bem recente. Essa questão se dá, porque os pacientes devem tomar uma medicação imunossupressora, na tentativa de evitar a rejeição do transplante, que pode trazer inúmeros efeitos colaterais.

Em 2016, por exemplo, Isabelle, a primeira transplantada do mundo faleceu em decorrência de complicações que dizem estar ligadas aos medicamentos necessários antes, durante e após a operação.

O que é necessário para a realização do transplante facial?

Assim como todos os transplantes e cirurgias mais complexas, é necessário uma série de exames e compatibilidades – nesse caso, entre o doador e o receptor. Além disso, o doador precisa ter morte cerebral duas horas antes da cirurgia para que os vasos sanguíneos continuem funcionando, pois eles também serão transplantados.

Vale ressaltar que, por mais inovador e esperançoso, como qualquer cirurgia oferece riscos.

Como estão as cirurgias atualmente?

Desde então, a tecnologia já proporcionou ao mundo em torno de 30 cirurgias de transplantes de rosto, até algumas cirurgias totais da face.

É claro que, com o passar do tempo, pesquisas e estudos vão descobrir se é possível avançar mais, mas por enquanto, ainda se tem limitações: seja pelos medicamentos, seja pelo procedimento cirúrgico. O que se sabe é: cada vez mais, tem sido possível reconstruir a vida de algumas pessoas.

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