4 Inovações nas Cirurgias Craniofaciais em 2019

O ano de 2019 foi um ano de inovação na área cirúrgica, trazendo novos benefícios e soluções para pacientes com casos complexos e anteriormente sem solução. No Brasil, as soluções personalizadas ainda são novidade, mas vêm ganhando espaço e confiança ao entregar qualidade, durabilidade e eficiência.

Por isso, para nós da CPMH foi um ano cheio de pesquisa e trabalho duro, então fizemos uma lista com 4 das principais inovações que trouxemos para pacientes e cirurgiões na área de reconstrução craniofacial! Boa leitura!

1. Reconstrução de mandíbulas e maxilas atróficas com suporte para conexão protética

A busca incessante pela devolução da qualidade de vida dos pacientes sempre leva ao incremento de tecnologias já existentes e o desenvolvimento de novas tecnologias. Como se sabe, muitos pacientes apresentam diversos tipos de deficiências que inviabilizam o uso de enxertos ósseos e, consequentemente, a reabilitação oral do paciente.

Ainda, as dificuldades para garantir um implante ósseo são muitas, e variam de doenças que promovem a reabsorção óssea à má qualidade do osso formado. O uso de implantes subperiosteais personalizados, recentemente, vem sendo utilizado como uma solução adequada e eficiente na reabilitação desses pacientes, pois apresenta propriedades que independem do enxerto ósseo para funcionar.

Pensadas, projetadas e fabricadas para cada paciente sob medida, as reconstruções maxilares com suporte para conexão protética protagonizaram o cenário das próteses personalizadas em 2019. Nós até fizemos uma série de perguntas e respostas mais frequentes, que você pode ler com detalhes aqui.

Concluindo, o que precisa ser dito a respeito das próteses é que elas são eficientes, resistentes e as taxas de complicações são semelhantes a de outros implantes. Ficamos muito felizes em entregar qualidade de vida por meio de resultados funcionais e estéticos!

2. Próteses de ATM paciente-específico com análise de elementos finitos

O número de pacientes com disfunções e deformidades na articulação temporomandibular cresce exponencialmente e, assim como nas reconstruções de maxila e mandíbula, a busca por soluções mais adequadas e menos problemáticas também é uma constante com as próteses de ATM. Em 1970, quando primariamente disponibilizadas no mercado, algumas falhas catastróficas foram observadas.

O primeiro (e principal) problema das próteses de ATM disponibilizadas era o material de seus componentes. O segundo maior problema era a falta de adequação da prótese à anatomia do paciente, já que a prótese de ATM era, essencialmente, uma peça mecânica que em nada representava a forma da articulação. As próteses não encaixavam de maneira adequada, o que fazia com que tivessem de ser adaptadas (por meio de desgaste) durante a cirurgia.

Como dificilmente cumpriam seu propósito e culminavam em danos ao paciente, elas foram removidas do mercado. Na década de 90 novos fabricantes apresentaram ao mercado o conceito das prótese de ATM paciente-específico. Apesar de todas apresentarem o mesmo conjunto de componentes, todos esses componentes são projetados e fabricados para um paciente específico, de acordo com sua anatomia, em materiais de alto desempenho, significando que teriam um tamanho, forma e um encaixe adequado e acurado.

Apesar de ser uma tecnologia recente no Brasil, no mundo inteiro os resultados das próteses de ATM paciente-específico são excelentes, devolvendo não somente o aspecto funcional da articulação, mas também o aspecto de normalidade estética. As próteses vêm sendo implantadas com sucesso e desempenho adequado há mais de 20 anos, representando sua funcionalidade e longevidade. Nosso maior orgulho é fazer parte do grupo seleto de fabricantes de próteses de ATM paciente-específico no mundo!

3. Calotas cranianas em PEEK para casos complexos de tumor

Trabalhar com os melhores materiais significa oferecer aos pacientes e cirurgiões o que há de mais recente e adequado para cada caso. O PEEK é um material nobre de alto desempenho e com propriedades específicas que o tornam um material ouro na produção de calotas cranianas.

Apesar do seu alto custo, o investimento no PEEK é altamente recomendado para casos onde o acompanhamento do paciente por meio de exames de imagem é necessário, devido a sua excelente propriedade radiotransparente.

Mesmo não sendo tão resistente quanto o titânio, o PEEK apresenta uma resistência muito maior do que aquela observada no PMMA. É um material mais inerte, ou seja, interage muito pouco com o corpo humano, o que o torna biocompatível, e é radiotransparente. Em casos de remoção de tumores na região craniana e facial, o PEEK foi o material de escolha dos cirurgiões que buscam em uma prótese sob medida um alto desempenho, radiotransparência e leveza.

Além disso, o PEEK também é um material adequado para casos onde a prótese tem um tamanho muito extenso porque ao apresentar uma boa resistência à fadiga, é também leve. Caso deseja saber mais sobre a diferença entre Titânio, PEEK e PMMA, clique aqui.

4. Dispositivos auxiliares para osteotomia

Todo mundo às vezes é mal entendido, e isso aconteceu com os dispositivos auxiliares de osteotomia! Alguns cirurgiões têm uma visão pouco adequada dos dispositivos para osteotomia por acreditar que os guias engessam e desafiam os conhecimentos dos próprios durante o procedimento cirúrgico, mas isso não é verdade. É exatamente o contrário!

Os dispositivos auxiliares de osteotomia são ferramentas para garantir que os cortes obedeçam exatamente o planejamento prévio feito pelo próprio cirurgião, e desempenham um papel essencial no encaixe final da prótese. Afinal de contas, a prótese é planejada para ser colocada em um local específico, e os dispositivos auxiliares de osteotomia asseguram que isso vá acontecer porque garantem que a osteotomia aconteça de maneira exatamente como desejado pelo cirurgião e pelos designers.

Confira mais 3 fatos sobre os dispositivos que você não pode deixar de saber:

• Biocompatibilidade: as resinas utilizadas são feitas de material biocompatível, que, mesmo não podendo ser implantadas, pequenos resíduos que não saiam após a lavagem tem chance mínima de causar infecções ou afins

• São feitos por impressão 3D: são confeccionados com acurácia e precisão, o que significa que o planejamento cirúrgico virtual é traduzido com veracidade para os dispositivos auxiliares de osteotomia;
• Garantem o encaixe de implantes customizados: ajudam a transmitir o planejamento cirúrgico virtual para o paciente, minimizando erros e a necessidade de adaptações na prótese.

Agora que você já se atualizou, aproveita e dá uma olhadinha nos outros conteúdos do nosso blog! Tem alguma dúvida? Alguma sugestão para quais inovações estão por vir no próximo ano? Manda pra gente ou cadastre-se abaixo para receber nossas novidades.