Resinas Biocompatíveis: o que devo saber?

Resinas Biocompatíveis: o que devo saber?

Você sabia que todos os materiais empregados na área da saúde devem atender a determinados requisitos para sua liberação e utilização no país? Há muito mais sobre resinas – principal tipo de elemento utilizado para este fim na impressão 3D – do que você imagina. Elas são reguladas por normas e testadas para padrões internacionais e meticulosamente estudadas antes de serem aprovadas para comercialização. Neste post explicaremos sobre o conceito de biocompatibilidade aplicado às resinas, como ele deve ser entendido e, posteriormente, utilizado.

Assim como internacionalmente existem órgãos reguladores de qualidade, no Brasil há a chamada Associação Brasileira de Normas Técnicas, conhecida por ABNT que, assim como seu nome explicita, é o órgão responsável pela normalização técnica no país. A ABNT é membro fundador da International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização – ISO), e o registro dos produtos pela ANVISA exige que as normas sejam seguidas e que certos requisitos mínimos para cada categoria sejam alcançados.

Atualmente, na área cirúrgica, são fornecidos dispositivos auxiliares de instrumentação manufaturados em impressoras 3D, o que significa que há vários produtos sendo confeccionados em resinas diariamente. Acontece que, como geralmente o objetivo desses dispositivos é o uso em humanos, o ideal (e mais indicado, é claro) é que esses materiais sejam biocompatíveis e específicos para as especialidades de interesse.

Um material biocompatível é aquele cujos riscos biológicos foram particularmente avaliados e aprovados, o que significa que para uma resina específica ser biocompatível ela deve atender os requisitos de ISOs que tratam especificamente dessas características. Hoje existem, pelo menos, 6 normas técnicas que regulam a biocompatibilidade de materiais como a resina, que é o elemento mais indicado para a impressão 3D de dispositivos médicos e odontológicos em geral.

Tipos de resinas para Form 2 – Formlabs 3D printer

Como exemplo de resinas utilizadas na área da saúde, temos a Dental SG e a Dental Clear LT, utilizadas para os dispositivos auxiliares e placas interoclusais, que são resinas fotopolímeras para Formlabs 3D printers, feitas primariamente para a manufatura de dispositivos auxiliares para cirurgias maxilofaciais e suas aplicações similares. Como todo material da saúde, é necessário que o processo seja realizado com controle de qualidade, incluindo acessórios com dedicação exclusiva para evitar contaminações, bem como acabamentos realizados com produtos adequados. Todos os cuidados são muito necessários para o uso correto dessas resinas para fins cirúrgicos. Um aspecto muito importante a ser levado em consideração sempre é processo de pós-cura dessas resinas. Mas o que é isso?

É o processo de acabamento e de garantia que a resina estará pronta para uso em procedimentos cirúrgicos! A Formlabs, inclusive, tem um aparelho específico para pós-cura da resina (Form Cure). Este possui um processo que garante a estabilidade mecânica da peça, garantindo que nenhuma parte vai se soltar, e a biocompatibilidade: a peça estará devidamente curada e pronta para uso no paciente.

Para algumas resinas, os aspectos avaliados são a citotoxicidade, irritação, hipersensitividade tardia, genotoxicidade e caracterização química. É importante ressaltar que esses parâmetros são avaliados para o uso indicado do material, não dando qualquer tipo de garantia para usos off label dos produtos manufaturados com estes materiais. Ou seja: qualquer aplicação que não aquela escrita nas indicações não deve ser sequer considerada, pensando sempre na segurança do paciente.

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