Matéria prima Industrial x Médica : pagar mais “barato” pode acabar saindo muito caro.

Há uma diferença significativa na qualidade, testes e segurança entre os materiais dito industriais e aqueles apropriados para o uso em procedimentos cirúrgicos, independente de sua finalidade ser funcional ou estética. Apesar dos nomes serem similares – apesar de não serem os mesmo oficialmente -, materiais como o PMMA, silicone, PEEK e titânio são comumente utilizados em outras aplicações que não as médicas.

Sua aplicabilidade é tão diversa que podem ser utilizados em setores de aviação à área cirúrgica. A dúvida que fica, então, é: qual a real diferença de uma matéria prima para a outra, e por que não se deve usar o industrial que possui custos bem menores em detrimento do outro específico para saúde?

A resposta simples é: os materiais não são os mesmos. Apesar da semelhança do nome, mas são diferentes; na procedência, aplicabilidade e biocompatibilidade diferem drasticamente. Como é de se esperar, os materiais utilizados na indústria geralmente não apresentam a mesma precisão e qualidade necessária para a área da saúde/médica e isso gera riscos à saúde no insucesso dos produtos quando colocados ao corpo humano com possíveis reações adversas.

Os vários riscos

O material industrial, comumente vendido em ambientes clandestinos e muito utilizado por profissionais de conduta duvidosa, são produtos mais fáceis para aquisição, o que significa baixo custo e traz de forma atrativa uma redução nos procedimentos cirúrgicos e estéticos. No entanto, a facilidade em adquirir tais materiais deve-se apenas a um motivo: eles não possuem certificação que garanta a segurança do seu uso, nem validações do que ocorre com os mesmos ao longo do tempo quando inseridos no paciente. 

Além disso, tais materiais industriais dificilmente possuirão o grau de pureza necessário para o uso na saúde, o que significa que durante sua obtenção, produção, manutenção e armazenamento podem ter havido contaminações com materiais secundários altamente tóxicos ou sem biocompatibilidade.

Como escolher corretamente

Um material cirúrgico certificado por normas padrão, utilizadas e acolhidas por todo mundo, significa um material que foi submetido às mais rigorosas avaliações de qualidade, procedência, biocompatibilidade e que vai apresentar propriedades estáveis durante todo o procedimento e a longo prazo também. Este entendimento se baseia no conhecimento que o profissional da área de saúde sobre os riscos do uso do material. Ele deve estar apto para lidar com qualquer intercorrência, administrando de forma segura e eficiente caso haja reação adversa do paciente.

Como saber que você estará usando um material seguro e certificado? Confie em três passos principais:

  • Desconfie de preços muito baixos, a certificação destes materiais têm custos consideráveis com os testes diversos e complexos de validações que são realizados apenas por laboratórios acreditados.
  • Certifique-se de que o material utilizado possui o certificado ASTM, ISO ou ABNT, o usuário do produto pode solicitar o certificado de origem da matéria prima utilizada na fabricação e lote do mesmo, 
  •  Apenas aceite que empresas que estejam certificadas com os seus processos de boas práticas de fabricação, isto assegura a origem confiável da matéria prima adquirida.

Nunca, sob nenhuma hipótese, aceite a utilização de um material industrial com a desculpa de que “é tudo a mesma coisa”, porque não é. Escolhas irresponsáveis podem acarretar não só em penalidade para os envolvidos, como – ainda pior – consequências graves para a saúde do paciente submetido a tais materiais nocivos. 

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